
Essa semana começou a rolar um desafio da maternidade, em que uma mulher é desafiada a postar fotos suas com seus filhos, falar sobre a delícia de ser mãe e depois passar o desafio para frente.
Pois bem, eu fui desafiada por algumas amigas muito queridas. Confesso que fiquei com preguiça de fazer o desafio, mas depois da postagem que vi ontem em grupos de mães, desisti de vez de entrar na brincadeira. Explico:
Uma mãe resolveu fazer um protesto em meio ao desafio. Indo na contra mão da brincadeira, que mostra através de fotos e textos a beleza e delícia de ser mãe, ela falou a sua realidade. Em um texto no Facebook, ela explicou que não aceitava o desafio e relatou as dificuldades que sente com a maternidade. Comenta sobre a falta de apoio, principalmente com mães super jovens; falou de todos os seus perrengues; dos problemas com a amamentação; do cansaço; de como é complicada a dedicação excessiva… Enfim, ela disse que não gostava de ser mãe, mas que amava muito o seu filho. E propôs um novo desafio, o de falarmos sobre maternidade real.
Após o post, a internet caiu matando. O relato foi compartilhado milhares de vezes e a jovem mãe foi xingada e desrespeitada por muita gente. Eu mesma li comentários dizendo que a jovem não deveria ter tido filho, já que pensava assim. A agressividade na rede foi tamanha, que ela foi denunciada pelo Facebook e sua conta acabou deletada.
Mas, afinal de contas, essa mãe estava errada? Na minha opinião, não! O que acho que a maioria das pessoas não entendeu em seu protesto, foi que essa mulher não estava querendo desmerecer ninguém ou que preferia não ter tido filhos, como a maioria apontou. O que ela quis, foi chamar atenção para essa mistificação da maternidade e, principalmente, para o que a sociedade espera de nós, mães.
Eu amo ser mãe? Não sei. Há dias que eu detesto. Em outros eu adoro! É que na realidade eu nunca tive o sonho de ser mãe, mas sempre quis ter filhos. Isso, porque eu sei que socialmente, ser mãe é muito difícil e ainda existe muito preconceito sobre isso. É que ser mãe é ter que continuar ser a mulher de antes, mas com uma vida totalmente diferente. É ser olhada torto pelo chefe logo após a volta da licença maternidade. Ser mãe é ter propostas de emprego recusadas, mesmo você sendo a melhor pessoa para ocupar o cargo naquela empresa. É ter que sair da escola para cuidar do filho. Ser mãe é perder noites de sono enquanto o pai tem que descansar para trabalhar no dia seguinte. Ser mãe é ter febre e não poder ficar de cama. Ser mãe é ter que sair no meio do expediente para atender o filho doente. Ser mãe é ter seu corpo modificado depois do parto. Ser mãe é ver seu peito cair depois da amamentação. Ser mãe é não poder mais sair quando bem entender ou chegar mais tarde em casa. Ser mãe é não ter tempo mais para você. Ser mãe é ter que se manter firme, mesmo depois de três horas de choro do seu filho, sem nenhum motivo aparente. E, muitas vezes, ser mãe é estar sozinha no mundo.
Mas ao mesmo tempo, ser mãe é maravilhoso. É ter orgulho do seu filho. É receber o maior amor que alguém pode ter. É sentir algo dentro da gente que é inexplicável. É querer sorrir quando seu filho sorri para você, mesmo depois da pior noite da sua vida. E olhar para aquele (ou aqueles, no meu caso) serzinho lindo e sentir todo aquele cansaço ir embora.
Ser mãe é muito bom, mas é uma merda!
E sabe, acredito que temos sim que falar sobre isso. Afinal, essa é a proposta desse blog, né?!
Então, gente, da próxima vez que lerem algo como o relato sincero de uma mãe desmistificando a maternidade, antes de julgarem, olhem para si mesmas. Quantas vezes vocês não se perguntaram: “por que mesmo eu quis ter filho?”. Quantas vezes vocês se pegaram pensando se realmente fizeram a coisa certa. E quantas vezes mais tudo isso passou e ficou tudo bem depois.
É isso! Por um mundo com mais autorreflexão e menos julgamentos!
Arrasou!
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❤
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Eu tenho muito orgulho da mãe que tu é, mas principalmente de ter em ti uma amiga, Mari! Li e reli esse texto e, toda vez que chega na parte em que tu fala um pouco sobre ti, me enche os olhos aqui ❤
Love u!
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Obrigada, amiga querida. Love you too ❤
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Mari adorei o seu texto e vi o relato da menina na qual disse que odeia ser mãe….Acho que a forma como ela colocou foi agressiva e particularmente eu não gostei de como ela colocou. …
Eu fui mãe aos 21 anos e foi muito difícil em todos aspectos, não tive o pai dele presente e ainda não tenho, hj meu filho esta com 12 anos, um adolescente chato e mandão, muitas vezes eu digo que estou cansada de ser mãe, mas na verdade não estou, amo meu filho tanto que chega a doer, ele é minha razão de viver………
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Adorei seu texto. Pensei mil vezes em escreve sobre isso, mas desisti. A maternidade não é fácil, criei minha filha praticamente sozinha, família longe e marido que trabalhava de segunda a segunda direto. Nunca sonhei em ser mãe também a maternidade veio meio que surpresa. Agora amo ser mãe e penso em aumentar ainda mais nossa família. Eu pensei varias vezes antes de participar do desafio, mas como Eu amo a maternidade e tenho muito mais momento felizes que triste com minha filha de apenas dois anos resolvi participar. Me senti ofendida com o texto daquela mulher, mas entendo o ponto de vista dela.
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Eu penso assim da gravidez, não gostei de ficar grávida, uma experiência não agradável para mim!!! Mas já a maternidade, ahhh sim até as noites acordadas são repletas de muito amor e paciência, minha realidade coma vida de mãe e maravilhosa!!! Então acredito que cada caso é um caso, cada gravidez; cada filho e cada dia a dia de mãe e diferente, cada pessoa encara a situação de um olhar diferente!!!
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Adorei … tenho dois filhos, trabalho fora e acho um máximo ser mãe mas tbm de madrugada quando fico por 3 horas acordada … acho uma droga … e tem tantos outros fatos difíceis…. mas tbm tem tantos outros bons …. não vi o post desta mae que está cansada …. mas respeito ela pois sei bem o quanto não é fácil 😕
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Li o seu post e o a da moça, respeito a opinião de vcs,,, confesso que o me preocupa com a declaração daquela mãe é como ela deve estar tratando o filho pq com tanta frustação e raiva as vezes a gente pode acabar descontando nos filhos e nem percebe o q está fazendo, se é q me entende!
Mas nós as mães que sempre sonhamos tanto com a maternidade nos sentimos agredidas com essas declarações… Acho que ser mãe é tão bom que todas as dificuldades que passamos são esquecidas assim como a dor do parto… Sonhava em ser mãe desde que me conheço por gente… E com certeza esqueci totalmente de mim após ter meus filhos, desisti da minha carreira de psicóloga só pra poder ficar mais tempo perto deles e não me arrependo de jeito nenhum…
Mas não adianta julgar, cada um é um…O nosso mundo anda tão agressivo, tantas coisas horriveis acontecendo, acho que o que falta é o amor e a gente só aprende a amar e respeitar o outro sendo amado e respeitado tbm e isso começa em casa! Acho que na verdade esse é ponto de tantos protestos e revoltas.
Mas o que realmente importa é ser feliz e fazer de nossos filhos pessoas felizes para termos um mundo melhor.
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Você falou a mais pura verdade, concordo plenamente, amo demais meus dois filhos mais se fosse para começar novamente acho sinceramente que não teria nenhum.
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