Ser mãe é…

Ser mãe é muitas coisas. Cada pessoa vive a maternidade de um jeito, mas acredito que posso afirmar que: ser mãe é estar em constante julgamento. E eles começam cedo, antes mesmo de engravidar.

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Começam quando em algum momento um amigo ou familiar tem a convicção de que ainda não é o momento de você ter filhos, porque acabou de casar, ou acabou de perder o emprego, ou acabou de entrar em um emprego, ou porque seu marido acabou de virar frila, ou porque está esperando por uma promoção que nunca veio e que por estar grávida nunca virá…

E eles continuam depois que você engravida, porque decide que só vai contar sobre a gravidez depois dos três meses, ou porque come sem parar (só quem é mãe sabe a fome que a gente sente), ou porque decidiu ficar mais reclusa em casa, ou porque optou por fazer cesárea (eu fui julgada por um médico por causa disso e no meu caso eu NÃO podia ter filho de parto normal!) ou preferiu o parto normal humanizado em casa. Também é julgada se decide não saber o sexo da criança e até pelo nome que escolheu!!!

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Mas calma, que os julgamentos não terminam quando os filhos nascem. Pelo contrário, eles só aumentam. É cada olhada torta porque você decide parar de trabalhar ou porque decide manter o ritmo de trabalho. Porque precisou complementar as mamadas com fórmula (aparentemente só as mães de gêmeos saem ilesas nessa e também nos partos cesáreas), porque colocou o filho na escola com 4 meses ou porque escolheu esperar a escolarização até os 3 ou 5 anos, porque preferiu ter uma babá ou porque aceitou a ajuda dos avós.

Ah, e também tem os julgamentos clássicos de quando os filhos fazem birras no meio da rua, no meio do shopping, no meio do restaurante, na sala de espera do médico, isso porque qual for a sua reação os outros olham feio: se você grita, se você bate, se você ignora… Mais uma vez, só quem não tem filho não entende que algumas birras não são falta de educação – e aqui segue uma mea culpa, eu mesma já julguei muitos pais por esses momentos de gritos do filho alheio, peço desculpas ao universo por isso.

É isso, ser mãe é ser julgada o tempo todo e isso cansa. Outro dia parei para pensar o quanto em muitos momentos eu me sinto solitária por ser mãe e acredito que isso ocorre porque muitas vezes eu tenho receio de sair de casa com os meus filhos por medo do julgamento das pessoas.

E por tudo isso, todo esse cansaço, toda essa indignação e até toda a raiva que muito vezes me dá, que segue a minha proposta: e se ao invés de olhar torto para a próxima vez que você vir uma mãe na rua com o seu filho, você estender a mão e oferecer ajuda? Uma conversa ou até um abraço?

Como disse uma amiga outro dia sobre a maternidade: “Há quem diga que maternidade é algo como essa ideia: “O mais bonito ato de fé é aquele feito em total escuridão, em meio a grande sacrifício, e com extremo esforço.” (Padre Pio de Pietrelcina). E aí tem aquele provérbio africano que diz que “é preciso uma aldeia inteira pra educar uma criança”. Em qual das duas citações você prefere se apegar?

Eu prefiro a segunda! Vamos nessa?

2 thoughts on “Ser mãe é…

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  1. E mais… quando os filhos entram na pre-adolescencia, pobres mães, viram o alvo preferencial de suas críticas. Ou seja, como sempre digo, e agora repito, “a mãe é sempre a culpada”. É dose! !!

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